A verdade é uma nebulosa acidentada
de contornos raramente definidos.
Se fixarmos o olhar, repetidamente,
por vontade própria ou de terceiros,
a perceção passa a certeza,
como a exatidão ficcionada
de um romance policial.
Os males da imigração,
tantas vezes repetidos,
tornam verdade
a mentira da criminalidade,
dos subsídios
e do absurdo de múltiplas regalias.
E são intencionalmente omitidos
os benefícios reais para a economia
causados pela “maldita” imigração.
Com a mentira populista
o mundo transforma-se em vidro,
não à prova de bala, mas quebradiço.
Não cegamos quando nos tapam os olhos,
mas estorvam-nos a visão do que é claro.
© Jaime Portela, Dezembro de 2025